quinta-feira, 14 de junho de 2012

Desaparecido

Desapareceu no dia 11 de Junho, no Pico da Pedra (São Miguel). Caso seja encontrado, por favor contacte: Valdemar Teles (tlm 916039027) ou acoresmelhores@gmail.com.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

TURISMO MANCHADO NÃO PODE SER “ROSTO” DAS NOSSAS ILHAS


ENQUANTO NÃO CHEGA A ABOLIÇÃO DAS TOURADAS, PELO MENOS, QUE SE SUSTENTEM ELAS PRÓPRIAS E SE CUMPRA A LEI VIGENTE 

Se utilizar dinheiros públicos para financiar o sofrimento animal, já é uma aberração inaceitável para o cidadão consciente e respeitador da vida, duplamente ultrajante é o emprego desses nossos impostos para financiar atos contrários às leis ou que desrespeitem as decisões tomadas pela Assembleia Legislativa Regional. 

Como é sabido a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, num ato a bem dos animais e do bom nome e imagem dos Açores, decidiu no dia 14 de Maio de 2009 rejeitar a introdução da chamada “sorte de varas”(1) nos espetáculos tauromáquicos, prática que violenta os animais bárbara e impiedosamente, até sucumbirem de dor e agonia. 

Na Terceira decorreu no início do ano, o chamado “II Fórum Mundial da Cultura Taurina”, tendo, não obstante a crise e os problemas que afetam as famílias, entidades públicas regionais atribuído a choruda quantia de 75.000 €, dinheiro que foi somar-se àquele oferecido também pelas câmaras de Angra e Praia. 

(Nos últimos foram atribuídos 2 milhões de euros, de apoios à tauromaquia, nos Açores!) 

Sendo essa volumosa verba, deveras inaceitável para fim em causa, em detrimento de necessidades sociais prementes, torna-se demais escandalosa, quando também serviu para a organização do evento financiar uma tourada picada, conhecida por “sortes de varas” (1), que é proibida no país e na região, devendo o Governo, moral e eticamente, pugnar pela observância das leis e determinações saídas da Assembleia Legislativa dos Açores. 

A prática da ‘sorte de varas’, além de proibida pela Lei n.º 19/2002 de 31 de Julho é, igualmente, impedida e sancionada pelo ‘Regulamento Geral dos Espetáculos Tauromáquicos de Natureza Artística da Região Autónoma dos Açores’ (Decreto Legislativo Regional n.º 11/2010/A), aprovado na Assembleia Legislativa dos Açores. 

A situação aludida, não obstante o voto de protesto da CDU na ALRA, e perante um pedido de atuação punitiva por parte de um grupo de cidadãos,  e também pelo BE, através de requerimento, foi totalmente ignorada por parte do GRA, respondendo tão só que o apoio dado ao evento objetivava o desenvolvimento turístico e que, aquando do pedido da organização, não referia a tal “tenta pública”, denominação que tentou disfarçar as “sortes de varas” (1) que as fotos não deixam desmentir. 

Este “lava mãos à Pilatos”, não limpa uma ilegalidade, que massacrou animais, dentro de um programa pago com apoios públicos, ditos para desenvolvimento turístico. 

É esta imagem turística que a Direção Regional do Turismo quer dar da região, dita ecológica e premiada pela conservação da natureza, que deve incluir o respeito pela vida animal?

Que moralidade e exemplo para os cidadãos comuns cumprirem as leis, quando quem as “fabrica” e as exige aos outros não as observa, em situações claras de violação?
 

Dentro de uma ação cidadania ativa e responsável que se exige, não se pode eximir de protesto o desrespeito pela aplicação da lei, o desrespeito pelos animais e o respeito pela maioria dos açorianos que são contra touradas e o usos dos seus impostos no suporte das mesmas.

  (1) -“As Sortes de Varas, são actos tauromáquicos extremamente violentos típicos das touradas em Espanha (…). Nas Sortes de Varas, os touros estão com os cornos inteiros e investem desesperadamente contra um cavalo – que tem uma imensa e muito pesada armadura a toda a sua volta e que tem os olhos tapados para não ter ainda mais medo do que já sente (…), enquanto do alto do cavalo, o 'picador' espeta uma longa lança - a vara – com um ferro muito comprido e afiado na extremidade, no dorso do touro. Quanto mais o touro faz força para se soltar e tentar defender, mais o ferro comprido o perfura, rasgando-o e provocando-lhe um ferimentos de gravidade extrema que bastas vezes os levam a sucumbir”.