Amigos dos Animais,
Queremos pôr-vos ao corrente do resultado da sessão, decorrida a 29 de Janeiro na Escola Secundária das Laranjeiras pelas 20h30m, “Abandono e recolha de Animais Selvagens de Companhia. Como Proceder?”, que teve uma afluência de cerca 35 pessoas.
Os objectivos desta sessão eram encontrar respostas a dúvidas, que ocorre à maior parte de nós.
· O que fazer quando vemos um animal de companhia ou selvagem abandonado?
· Devemo-nos aproximar? Alimentá-lo? Levá-lo para casa?
· Quem devemos contactar?
· O que fazer no caso de não podermos ter mais um animal em casa?
· Que percurso seguem os animais após a recolha pelas autoridades?
· Como são tratados os animais entregues nos Centros de Recolha?
· O que fazer para estimular a adopção de animais de companhia?
Nesta sessão contámos com a presença da Autoridade SEPNA, pela pessoa do Sargento-ajudante José Santos e com o Médico Veterinário Municipal da Câmara de Ponta Delgada, Dr. Vergílio Oliveira, aos quais agradecemos os esclarecimentos prestados. Agradecemos também à Escola Secundária das Laranjeiras, onde decorreu a sessão.
Bem sabemos que não é cívico o abandono de animais, mas estes não deixam de ocorrer. Ora, quando nos deparamos com um animal abandonado, devemos ter em conta 4 passos:
1. Averiguar se existem condições de segurança para nos aproximarmos do animal, tendo em conta: a raça, o estado em que se encontra (ferido ou não) e ao grau de perigosidade.
2. Alimentar o animal se este apresentar indícios de afabilidade.
3. Poder-se-á recolher o animal temporariamente para um local onde fique em segurança, se o animal for afável.
4. Informar as Autoridades SEPNA e o Médico Veterinário Municipal, pois são a estes que competem a recolha de animais abandonados.
Após a recolha do animal pelas Autoridades, ele é analisado e classificado como Recuperável ou Não Recuperável.
Os animais recuperáveis, são colocados numa boxe no Centro de Recolha por um período mínimo de 8 dias, após os quais são dados para a adopção.
Os animais não recuperáveis são abatidos na hora. São animais que estão muito traumatizados (fracturas graves), queimaduras gravíssimas ou com um baixíssimo grau de sociabilização (animais altamente agressivos).
Quando compramos uma casa temos em mente o número do agregado familiar e é isso que nos leva a comprar um T1 ou um T3…, um V1 ou um V3…
Também existem parâmetros quanto ao número máximo de animais por habitação. Passamos a descrever:
· Prédios urbanos – por fogo: 3 cães adultos, 4 gatos. Não pode exceder o número de 4 animais.
· Prédios rústicos ou mistos: 6 animais adultos.
· Fracções autónomas em regime de propriedade horizontal: o regulamento pode estabelecer um limite de animais inferior ao referido anteriormente.
Estes são os parâmetros para que haja sanidade entre animais humanos e não humanos.
Logicamente cabe a cada um de nós tomar medidas para os cumprir, que pode passar por exemplo pela esterilização dos animais, pois a sua procriação pode originar o abandono do “excesso”.
Este “excesso” acaba quase sempre no Centro de Recolha de Animais (Canil) e se esses animais não forem adoptados, na sua morte.
Que não tenhamos ilusões, pois o Centro de Recolha é eventualmente um "corredor para a morte" e os culpados de colocarem os animais nesse corredor são as pessoas que os abandonam! Responsabilizemo-nos pelos nossos actos.
Devemos sensibilizar a população a cuidar dos animais não humanos, pois de tal forma a nossa espécie apoderou-se deste planeta, que temos que encontrar uma forma de coexistência e não de soberania.
Obrigada pela presença, pela preocupação, pela participação dos presentes e dos que estão a ler este comentário, pois isso significa interesse, EMPATIA.
Até uma próxima,
Célia Pimentel
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