quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Dia Internacional dos Direitos dos Animais em Santa Maria

De entre o leque de actividades desenvolvida destacam-se os seguintes:
- Dia 9 de Dezembro (quinta-feira).
Foi realizada uma reunião de trabalho com a Câmara Municipal e juntas de freguesia, tendo comparecido à chamada 6 elementos da Câmara Municipal de Vila do Porto, entre os quais o seu Presidente Carlos Rodrigues, o Vereador responsável pelo Ambiente Roberto Furtado, a Eng.ra de Ambiente Cristina Câmara e três funcionários responsáveis pela recolha e tratamento dos animais recolhidos ou entregues na autarquia. As juntas de freguesia de Almagreira, Vila do Porto, Santa Bárbara e S.Pedro também estiveram presentes, maioritariamente nas pessoas dos seus presidentes, trazendo também algumas as suas colaboradores responsáveis pelo registo e controlo de animais.
Tratou-se de uma reunião técnica muito positiva sobre as funções das Juntas de Freguesia e Câmara Municipal, acometidas pela lei, na área do registo, controlo, sanidade e proteção dos animais, no sentido de informar, prestar esclarecimentos, tirar dúvidas, registar dificuldades e disponibilizar a colaboração a prestar pelo SEPNA da GNR, tendo-se concertado ações conjuntas no futuro, no âmbito das competências de cada entidade.
- Dia 10 de Dezembro (sexta-feira).
De manhã foram realizadas acções de sensibilização e informação dirigidas às escolas do primeiro ciclo, tendo sido contempladas cerca de 55 alunos das escolas EB1/JI de Almagreira e de D.António de Sousa Braga (Santo Espírito). Foram prelectores/formadores o representante dos Amigos dos Açores professor José Melo, que apresentou o tema "Animais versus humanos" e o responsável regional do SEPNA, Sargento Santos, coadjuvado pelos elementos do SEPNA na ilha, Sérgio Oliveira e Pedro Leonardo, que apresentaram as funções daquele serviço na protecção da natureza e dos animais, leis de defesa e bem-estar animal e os deveres dos cidadãos nos cuidados e denúncia no caso da observação de de maus-tratos para com os animais.
Estes alunos, ainda puderem visitar uma exposição sobre fauna dos Açores, patenteada pelos alunos dos 1º e 4º anos da Escola de Almagreia, no âmbito do seu PCT "Ambiente e Qualidade de Vida", com a colaboração do CADEP-CN dos Amigos dos Açores, que forneceu panfletos e brochuras sobre avifauna.
De tarde, foram realizadas outras acções de sensibilização/informção dirigidas a duas turmas do 3º Ciclo do Ensino Básico, no anfiteatro dos Serviços de Ambiente, tendo as temáticas sido as mesmas.
Todos os cerca de 100 alunos, assim como os seus professores receberam diplomas de participação, crachás e desdobráveis sobre informações legislativas de protecção animal, deveres dos cidadãos e das entidades públicas e a Declaração Universal dos Direitos os Animais fornecida pelo GBEA dos Amigos dos Açores.
À noite, também no anfiteatro dos Serviços do Ambiente, encerrou-se as comemorações do DIDA-SMA com uma sessão pública destinada ao público em geral, associações e serviços públicos que lidam de perto e têm responsabilidades acometidas por lei no âmbito da sanidade, segurança e bem-estar animal.
Nesta sessão o responsável local dos Amigos dos Açores, proferiu uma comunicação sobre Os direitos dos animais à luz da DUDA e a sua tradução legislativa e aplicação em Portugal, o professor Daniel Gonçalves da AJISM, apresentou um projecto de alerta para a atenção a ter com os animais nas estradas, através da colocação de cartazes e, no desenvolvimento do tema central, o Sagento Santos, coadjuvado por dois colegas do SEPNA, versou sobre questões como Combate aos ilícitos, maus-tratos e abandono de animais (companhia, caça, produção, selvagens), Leis vigentes e funções do SEPNA da Guarda Nacional Republicanana, Observãncia do seu cumprimento e Responsabilidades da Câmara Municipal e das juntas de freguesia no registo, sanidade, segurança pública, recolha e bem-estar animal.
Como balanço e em jeito de avaliação sumária, consideramos que com o DIDA-SMA 2010, os Amigos dos Açores, e os nossos parceiros de organização, deram um importante passo no desiderato de contribuir activamente para um maior conhecimento dos direitos dos animais, aumento de sensibilidade/responsabilidade pública para o seu bem-estar, assim como criar paulatinamento uma maior massa crítica social de crianças, jovens e adultos contra situações de abandono e maus-tratos que também vão ocorrendo em Santa Maria, proporcionando também informação legislativa de protecção animal e esclarecimento sobre responsabilidades acometidas ao poder local, entidades públicas regionais e autoridades, nomeadamente o SEPNA, no ãmbito do registo, conbtrolo, sanidade, sgurança e promoção do bem-estra animal.
Estamos cientes que muito caminho há ainda a percorrer, mas "quem não inicia a viagem não poderá almejar o destino desejado", sendo fundamental que todos os que têm responsabilidades e obrigação e fazer esse "percurso" na promoção do bem-estar, animal caminhem no mesmo sentido.
Da nossa parte vamos fazer o que nos compete, sensibilizando, formando, informando e exigindo responponsabilidades e pro-actividades a quem de direito, sempre de forma colaborativa.
Agradecimentos muito reconhecidos ao SEPNA nas pessoas do Sargento Santos e agentes locais, à nossa parceira AJISM, ao Parque Natural de Ilha pelo apoio logístico e divulgação, à Câmara Municipal de Vila do Porto pela abertura e interesse demostrado, às juntas de freguesias pela sua participação e vontade de melhorar procedimentos e ao Asas do Atlãntico e Baluarte pela divulgação.
José Melo
Amigos dos Açores, Sta Maria
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Dia Internacional dos Direitos dos Animais

Tratando de contrariar a persistência destas situações que atentam contra os animais, surgiu a Declaração Universal dos Direitos do Animal, aprovada pela organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) e posteriormente pela Organização das Nações Unidas (ONU). Esta Declaração considera que todo o animal tem direitos, como o direito à existência, ao respeito, a não ser submetido a maus tratos, sofrimento físico ou psicológico, a não ser abandonado, a não ser explorado para entretenimento do homem… A Declaração considera ainda que o respeito pelos animais tem uma grande componente ética, pois tem uma relação directa com o respeito que têm os homens entre eles próprios.
A associação Amigos dos Açores, através do seu recentemente criado Grupo pelo Bem-Estar Animal, pretende defender activamente os direitos dos animais. Assim, no âmbito deste dia, a Associação colabora na realização dalgumas acções de sensibilização pública, nomeadamente na ilha de Santa Maria.
Aproveitando a data, os Amigos dos Açores voltam a chamar a atenção para um problema de maltrato animal que se vem arrastando há vários anos na ilha de São Miguel: o intitulado Parque Zoológico da Povoação, sito no centro desta Vila.
No chamado Parque Zoológico da Povoação uma série de animais selvagens são mantidos em instalações totalmente inadequadas, em condições que não respeitam a sua dignidade nem a sua qualidade de vida. Nalguns exemplares são evidentes as más condições físicas e psíquicas, que têm levado, mesmo, alguns turistas a denunciarem a situação. As deficientes condições, incumprindo a legislação em vigor sobre parques zoológicos, levaram ao embargo deste recinto há um ano. No entanto, por não existir na ilha instalações adequadas para o seu acolhimento, os animais ficaram, em termos legais, depositados no mesmo local.
No entanto, incompreensivelmente o recinto continua aberto ao público apesar de estar embargado. E nem sequer existe qualquer aviso aos visitantes que informe sobre a sua situação legal. O local é, ainda, publicitado nos mapas turísticos, como os editados pelo próprio Governo dos Açores. Entretanto, nem há melhorias nas instalações nem os animais são conduzidos para umas instalações adequadas.
É de referir que situação idêntica, de falta de respeito pelos animais, acontece em diversos Parques dos Serviços Florestais na ilha de São Miguel, onde existem animais em cativeiro expostos em condições lamentáveis, que não cumprem a legislação do bem-estar animal.
Declaração Universal dos Direitos dos Animais em:
www.amigosdosacores.pt/?page_id=2528

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Santa Maria: Comemoração do Dia Internacional dos Direitos dos Animais

Os temas tratados serão os seguintes:
= Os direitos dos animais à luz da DUDA (Declaração Universal dos Direitos dos Animais);
= Combate aos ilícitos, maus-tratos e abandono de animais (companhia, caça, produção, selvagens):
- Leis vigentes e funções do SEPNA da Guarda Nacional Republicana,
- Responsabilidades da Câmara Municipal e das juntas de freguesia.
Na sessão pública da sexta-feira à noite háverão comunicações introdutórias da responsabilidade dos responsáveis dos Amigos dos Açores e da AJISM, sendo o tema central tratado pelo responsável regional do SEPNA da GNR, que se deslocará à ilha para o efeito.

Local: Anfiteatro CIA Dalberto Pombo (Santa Maria)
Hora: 20:30h
Prelectores: José Melo e Daniel Gonçalves
Sargento Santos - SEPNA da GNR.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Observação de aves - Lagoa das Setes Cidades

sábado, 20 de novembro de 2010
E ainda nem chegamos ao Inverno!
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Petições na rede sobre os animais
Aproveito este espaço para vos fazer um Apelo!
Temos que agir em nome dos animais. As pessoas que abandonam e mal tratam os animais tem que ser civil e criminalmente punidas.
São histórias destas que se repetem por todo o Pais e não fosse a muita gente por este Pais fora que se dedica com toda a alma, o sofrimento de muitos animais ainda seria pior.
Animais abandonados, maus tratos e não existem leis capazes para acabar com este tipo de situações. Os nossos políticos tem sido incompetentes a todos os níveis e temos que ser nós a dizer BASTA BASTA BASTA!!!
Pagamos impostos suficientes para que as Câmaras tenham instalações condignas para os animais e pratiquem uma política de adoptação em vez do extermínio. Isto não resolve o problema.
Para que isto não aconteça, e os criminosos fiquem impunes, apelo a que assinem e divulguem as 4 petições que estão on-line.
1. Petição Pela abolição das touradas e de todos os espectáculos com touros http://peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=010BASTA
2. Petição Alteração do estatuto jurídico dos animais no Código Civil http://peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2010N2409
3. Petição Abolição das touradas na programação da RTP http://peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2010N2877
4. Petição contra a utilização de animais em experimentação científica em Portugal http://www.petitiononline.com/pob2010/petition.html
Isto é uma vergonha para Portugal.
Por favor assinem e divulguem e nos ajude a acabar com esta barbaridade.
Podemos fazer história e um passo em frente em termos civilizacionais em Portugal. Temos que acabar com estes actos vergonhosos de tortura a animais indefesos. Todos juntos vamos vencer a ter um Portugal com gente mais humana e sensível.
Obrigada
Isabel Oliveira
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Enganou-se o cagarro, estava enganado
Se equivocó la paloma.
Se equivocaba.

Por ir al Norte, fue al Sur.
Creyó que el trigo era agua.
Se equivocaba.

Que las estrellas, rocío;
que la calor, la nevada.
Se equivocaba.

Que tu falda era tu blusa;
que tu corazón, su casa.
Se equivocaba.

Ella se durmió en la orilla.
Tú, en la cumbre de una rama.
Rafael Alberti (1902-1999)
Enganou-se a pomba. / Estava enganada.
Tentando ir ao norte, foi ao sul. / Pensou que o trigo era água. / Estava enganada.
Que as estrelas, orvalho; / que o calor, a nevada. / Estava enganada.
Que a tua saia era a tua blusa; / que o teu coração, a sua casa. / Estava enganada.
Ela adormeceu na margem. / Tu, no cume duma rama.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Gatos procuram lar no Faial
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Brigadas de salvamento dos cagarros
Libertação de pássaros
Libertação de pássaros no Brasil
Estamos devolvendo à natureza o que o próprio Friburguense retira, coertando a liberdade e felicidade dos animais, só para seu puro egoismo.
Até quando, vamos ter gente assim?
De nossa parte e com nossso trabalho não consentiremos.
Mauro Zurita Fernandes - Coordenador do IBAMA em Nova Friburgo/RJ
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
A Rota do Toiro
Este é o grande e maravilhoso turismo que os Açores podem herdar (e que vamos ter de pagar do nosso bolso):
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Os Amigos dos Açores Homenageiam Alice Moderno
Alice Moderno (1867-1946) - uma singela homenagem
“Lembra-te sempre que ao maltratares um animal vais ferir a tua própria dignidade” (Alice Moderno)
Hoje, 5 de Outubro de 2010, quando se comemoram 100 anos de implantação da República, aproveitamos o dia para prestar uma singela homenagem a Alice Moderno.
Mas quem foi Alice Moderna para que estejamos, aqui, a recordá-la?
Para além da sua actividade de jornalista, escritora, agricultora e comerciante, Alice Moderno foi uma mulher que pugnou pelos seus ideais republicanos e feministas, sendo uma defensora da natureza e amiga dos animais.
Como precursora dos actuais movimentos de defesa do ambiente, de que muitos de nós somos membros, Alice Moderno, no início da segunda década do século passado, já pensava que uma árvore de pé poderia ter mais valor do que abatida. Vejamos o que dizia a propósito:
“Plantar árvores é não só amar a natureza. Mas ainda ser previdente quanto ao futuro, e generoso para com as gerações vindouras. Cortá-las ou arrancá-las a esmo, sem um motivo justo, é praticar um acto de selvajaria”(A Folha, 16/2/1913).
“A árvore é confidente discreta dos namorados e a desvelada protectora dos pássaros – esses poetas do ar. A árvore é a maior riqueza da gleba, o maior tesouro dos campos e o maior encanto da paisagem!” (A Folha, 15/3/1914).
Como amiga dos animais, Alice Moderno foi mais sobretudo uma mulher de acção. Com efeito, embora fundada em 1911, a Sociedade Micaelense Protectora dos Animais esteve quase inactiva até 1914, data em que Alice Moderno assumiu a sua presidência. Durante a presidência de Alice Moderno, foram criadas as condições para o funcionamento da SMPA, como a aquisição de uma sede e de mobiliário e foram tomadas medidas conducentes a acabar com os maus tratos que eram alvo os animais usados no transporte de cargas diversas, nomeadamente os que transportavam beterraba para a fábrica do açúcar, e para a educação dos mais novos através do envio de uma comunicação aos professores “pedindo-lhes para que, mensalmente, façam uma prelecção aos seus alunos, incutindo no espírito dos mesmos a bondade para com os animais, que não é mais do que um coeficiente da bondade universal”.
Mas, Alice Moderno não se preocupava apenas com os animais de tiro, pois uma das suas preocupações foi a criação de um posto veterinário para tratamento de todos os animais. A propósito dizia ela:
“Caridade não é apenas a que se exerce de homem para homem: é a que abrange todos os seres da Criação, visto que a sua qualidade de inferiores não lhes tira o direito aos mesmos sentimentos de piedade e de justiça que prodigalizamos aos nossos semelhantes”.
A evolução da sociedade fez com que quase desaparecessem os problemas associados ao transporte de cargas. Hoje toda a nossa atenção deverá recair sobretudo sobre o abandono de animais domésticos, o tratamento dado aos animais de produção e ao retrocesso civilizacional que se está a assistir com a tentativa de introduzir touradas onde não são tradição e de agravar a tortura dos touros bravos, com a legalização da sorte de varas e touros de morte.
Alice Moderno, também não foi indiferente às touradas. Foi convidada e assistiu contrariada a uma tourada, na ilha Terceira, e não ousou comunicar aos seus amigos, considerando-os “semi-espanhóis no capítulo de los toros”, o que pensava pois, escreveu ela, “não compreenderiam decerto a minha excessiva sentimentalidade”.
Na sua carta XIX, referindo-se à tourada a que assistiu escreveu o seguinte:
“É ele [cavalo], não tenho pejo de o confessar, que absorve toda a minha simpatia e para o qual voam os meus melhores desejos. Pobre animal, ser incompleto, irmão nosso inferior, serviu o homem com toda a sua dedicação e com toda a sua lealdade, consumindo em seu proveito todas as suas forças e toda a sua inteligência! (…) Agora, porém, no fim da vida, é posto à margem e alugado a preço ínfimo, para ir servir de alvo às pontas de uma fera, da qual nem pode fugir, visto que tem os olhos vendados!”
“E esta fera [touro], pobre animal, também, foi arrancada ao sossego do seu pasto, para ir servir de divertimento a uma multidão ociosa e cruel, em cujo número me incluo! (…) Entrará assim em várias toiradas, em que será barbaramente farpeada até que, enfurecida, ensanguentada, ludibriada, injuriada, procurará vingar-se, arremessando-se sobre o adversário que a desafia e fere. Depois de reconhecida como matreira, tornada velhaca pelo convívio do homem, será mutilada”.
Que o exemplo de Alice Moderno nos dê forças para os combates em que estamos envolvidos, por uma terra mais limpa, justa e pacífica.
Ponta Delgada, 5 de Outubro de 2010
Teófilo Braga
Dia do Animal 2010
1 - Os Amigos dos Açores estão a recolher assinaturas para um documento sobre direitos dos animais. O que os motiva nessa iniciativa?
Motiva-nos o alerta para reconhecimento social e político dos animais enquanto seres plenos de direitos, o que não acontece ainda na nossa região e país.
Na concepção de Ghandi, que defende que um país ou uma civilização podem ser julgados pela forma como trata seus animais, consideramos que nos enquadramos numa região onde há ainda uma larga margem de progressão em caminho a um verdadeiro desenvolvimento social e ambiental.
2 - O Dia Mundial do Animal (2010.10.04) foi um momento ideal para reflectir sobre o estado da arte na forma como os animais são tratados nos Açores. Tratamos bem ou mal os nossos animais?
Embora existam animais bem tratados, com especial evidência para alguns animais de companhia, existem ainda muitos animais maltratados, com especial enfoque nos animais de produção (por exemplo gado).
No entanto, existem animais maltratados a todos níveis desde animais selvagens (recorde-se notícia do ano passado que relatou cagarros recolhidos na ilha de Santa Maria para confecção culinária) ou os próprios animais de companhia (como cães e gatos) tantas vezes abandonados quando estes crescem mais do que os donos esperam ou quando estes vão de férias e não procuram um lugar de conforto para os animais permanecerem durante esse período.
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3 - Entre o abandono de animais domésticos de pequeno e médio porte e os maus tratos a animais de grande porte, como os bovinos, quais são as prioridades da vossa luta pelo bem estar animal?
Os objectivos fundamentais do Grupo pelo Bem Estar Animal são a contribuição para o reconhecimento social do bem estar animal e dos direitos dos animais, a promoção de campanhas de voluntariado animal e a difusão de boas práticas animais.
A nossa luta pelo bem estar animal tem uma visão do animal enquanto parte integrante do ambiente, sendo todos os animais seres dotados de sensibilidade, que devem ter uma vida digna, não devendo ser sujeitos a dores ou sofrimento evitáveis.
O nosso plano de actividades para 2010 no que respeita a esta temática divide o ano 4 trimestres, os quais decidamos a quatro “tipos de animais”: animais de companhia, animais em cativeiro, animais de produção e animais selvagens.
Se considerarmos que existem países onde o acesso dos animais de companhia a locais públicos é muito mais facilitado do que em Portugal (como jardins públicos, transportes públicos e espaços comerciais do centro da Europa), considerarmos que existem países onde são totalmente proibidos os espectáculos com animais (como as touradas ou circos com animais), que determinados países possuem, inclusive, advogados para animais, estamos certamente pouco desenvolvidos no reconhecimento do bem estar animal e dos respectivos direitos.
Muitas das vezes, os animais nos Açores são entendidos fundamentalmente como seres de muitas obrigações e de poucos direitos, o que urge inverter porque temos todos a ganhar com o respeito pelos animais, a bem de um verdadeiro progresso civilizacional.
Diogo Caetano
Presidente dos Amigos dos Açores
Diário Insular de 5 de Outubro de 2010
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
5 de Outubro- homenagem a Alice Moderno
Uma vez que o dia 4 de Outubro é um dia útil, o Grupo pelo Bem Estar Animal dos Amigos dos Açores organizará no dia 5 de Outubro (feriado) pelas 10 horas uma visita ao Hospital Veterinário Alice Moderno, em Ponta Delgada, sito no campus do serviço de desenvolvimento agrário de São Gonçalo, para a qual se convidam todos os interessados a comparecer pelas 9h30 na entrada deste campus, junto ao Laboratório
Rregional de Engenharia Civil e entrada Norte da Universidade dos Açores.
Neste local pretende-se constatar os objectivos e missão deste Hospital Veterinário, bem como prestar uma pequena homenagem à mulher interventiva, poetisa e defensora dos animais que foi Alice Moderno.
sábado, 2 de outubro de 2010
Manifesto em Defesa dos Animais
4 de OUTUBRO de 2010
MANIFESTO EM DEFESA DOS ANIMAIS
Desde 1930, em vários países do mundo, o dia 4 de Outubro é dedicado aos animais. Neste dia, são homenageados os nossos amigos animais que, infelizmente, continuam, ainda hoje, a ser desrespeitados por muitos humanos e nalguns casos por entidades públicas que deveriam dar o exemplo à restante sociedade.
Hoje, 4 de Outubro de 2010, o grupo de pessoas individuais e colectivas manifesta a sua preocupação relativamente as seguintes problemas e situações de maus tratos aos animais ao seguinte:
1- Abate de animais domésticos. Todos os anos ultrapassa largamente um milhar o número de animais de companhia (cães e gatos) que são abandonados, acabando na sua maioria por serem abatidos nos canis municipais ou atropelados nas estradas. O esforço que é feito pelas associações de protecção dos animais, que se debatem com faltas de meios e de apoios públicos, acaba por ser inglório pois através dele só uma pequena parte dos animais abandonados consegue um novo lar.
Não estando de acordo com a política seguida actualmente para combater o abandono que tem por principal pilar os abates, pois até hoje não tem resolvido nada, consideramos necessário que a nível regional seja lançada uma campanha de esterilização com vista a adequar o número de animais de companhia ao número efectivo de donos capazes de cuidar deles de forma responsável;
2- Promoção pública da tortura animal. Ao longo dos séculos da história dos Açores, a tauromaquia tem sofrido uma evolução no sentido da diminuição dos maus tratos aos touros, não constituindo qualquer tradição na maioria das nossas ilhas. Em 2009, contrariando a evolução que se assiste a nível internacional, onde aquela actividade é cada vez mais repudiada, e ao arrepio dos ensinamentos da própria história insular, um grupo de deputados pretendeu legalizar a sorte de varas. Gorada a sua intenção, a minoria de industriais que aposta no incremento da tortura animal, tenta ganhar adeptos sobretudo em São Miguel, tendo conseguido promover algumas touradas à corda com a colaboração sobretudo de autarquias e de comissões de festas de cariz religioso.
Considerando que as touradas, qualquer que seja o seu tipo, em nada contribuem para educar os cidadãos e as cidadãs para o respeito aos animais, para além de causarem maus tratos aos mesmos e porem em risco a vida das pessoas, não podemos admitir a na sua realização sejam usados dinheiros públicos;
3- Mortalidade provocada na fauna selvagem. O cagarro é uma ave oceânica que vem a terra apenas durante a época de reprodução. Este período decorre entre Março e Outubro, altura em que as crias já suficientemente desenvolvidas partem com os seus progenitores em direcção ao mar, dispersando-se pelo Oceano Atlântico e regressando apenas no próximo ano. Realizando-se a sua partida de noite, muitas crias são atraídas pelas luzes das nossas vilas e cidades, acabando por cair em terra e ser frequentemente atropeladas se não forem ajudadas.
Considerando a importância que o salvamento do maior número de cagarros tem para a conservação da natureza e o respeito pelos animais, apelamos à participação de todos nas campanhas que ainda este mês serão postas em marcha pelas mais diversas entidades, nomeadamente pelas organizações não governamentais de ambiente.
4- Cativeiro de animais não domésticos. A criação de parques zoológicos nos séculos passados respondia ao propósito de mostrar ao público uma colecção de animais exóticos que de outra maneira nunca seriam vistos nem conhecidos. Na actualidade isto deixou de fazer qualquer sentido. Agora as leis exigem obrigatoriamente aos parques a realização de programas de conservação, educação ambiental e bem-estar animal. Como consequência disto, nos Açores têm vindo a ser fechados núcleos zoológicos que incumpriam estas exigências. No entanto, ainda continua a existir um núcleo zoológico na Vila da Povoação (São Miguel).
Apesar do referido parque encontrar-se já embargado pelas autoridades e apesar de ser de titularidade pública, o recinto continua ainda hoje aberto ao público. Pelo manifesto desrespeito às leis e aos animais, consideramos que o parque deve ser imediatamente fechado e os animais conduzidos a umas instalações apropriadas que garantam o seu bem-estar.
5- Modelos intensivos de produção animal. A exploração agrícola de animais constitui historicamente um importante sector económico nas nossas ilhas. Se bem que os relatos de maus tratos a estes animais têm vindo a diminuir nas últimas décadas, evidenciando uma notável evolução da sociedade, subsistem ainda bastantes situações penosas. Para além disso, a introdução de técnicas de produção intensiva tem vindo a piorar as condições de vida de muitos deles, limitando a sua vida ao reduzido espaço duma gaiola.
Tendo em conta a imagem de proximidade à natureza que tanto caracteriza os Açores no exterior, consideramos que se deve reforçar o modelo tradicional de criação de animais, modelo que garante sempre a mais alta qualidade. Devem também ser criadas e publicitadas novas formas de certificação nas explorações que valorizem devidamente ante o consumidor os seus níveis de qualidade ambiental, alimentar e de respeito pelo bem-estar animal.
6- Falta de respeito com a vida animal. Numa sociedade em que tudo se compra e se vende, os animais são tratados muitas vezes como simples mercadorias e rebaixados à categoria de simples objectos. Só uns poucos animais domésticos conseguem as vezes escapar a esta visão. Na realidade, como já foi demonstrado pela ciência há longos anos, os animais são os irmãos com os quais o homem comparte a natureza. O desrespeito para com os animais é também o desrespeito para com os homens, como partes integrantes da mesma natureza.
Consideramos que o tratamento legal dado aos animais deve fugir da visão redutora que os converte em simples objectos. A nossa sociedade deve evoluir para padrões éticos nos quais os animais sejam respeitados em conformidade com a Declaração Universal dos Direitos dos Animais.
Açores, 4 de Outubro de 2010
Subscritores colectivos:
Grupo pelo Bem-Estar Animal, Amigos dos Açores – Associação Ecológica
CADEP-CN (Clube dos Amigos e Defensores do Património – Cultural e Natural de Santa Maria)
APA – Associação Açoriana de Protecção dos Animais
Amigos da Caldeira de Santo Cristo, Ilha de São Jorge
Gê-Questa – Associação de Defesa do Ambiente
CAES- Colectivo Açoriano de Ecologia Social
Subscritores individuais (por ordem alfabética):
Adelino Luís da Câmara Alves
Afonso Pereira Bernardino
Alberto Carlos Marques Duarte
Alberto Francisco Albertino Monteiro
Alexandra Patrícia Soares Manes
Amália Rosa
Ana Cadete
Ana Catarina Cantante dos Santos
Ana Catarina Soares Carreiro
Ana Cláudia Martins de Melo
Ana Sofia Ferreira
Ana Teresa Fernandes Simões Ribeiro
André Filipe Cabral Leite
Andre Correia
Andrea Fernandes Simões Ribeiro
Andreia Soares de Jesus Leite
António Eduardo Soares de Sousa
António Humberto Serpa
António M. F. Cabral
Arlinda Maria Garcia da Fonte
Armando B. Mendes
Baltasar Ornelas Pinheiro
Bárbara Jacob Oliveira
Bárbara P. Bernardino
Carla Cabral
Carla Viveiros
Carlos Bruno Castanha Gomes
Carlos Couto
Catarina Furtado
Cecília Santos Alves
Cecília de Sousa Melo- Terceira
Cidalina do Carmo Lopes Gomes
Clara Raquel Reis Patuleia
Cláudia Albasini
Cláudia Emanuela Vieira Tavares
Cláudia Moniz Tapia
Clara Cymbron
Conceição Melo
Constança Pereira Quaresma
Cristina D’Eça Leal Soares Vieira
Cristina Sofia da Costa Oliveira Machado – Professora – Pico da Pedra
David Santos
Deborah da Cunha Estima
Décio Almada Pereira
Diamantina Barbosa
Diogo Pereira Bernardino
Dolores Oliveira
Duarte Sousa
Edgar Coutinho
Eliene Narducci
Elsa Lobo Ferreira
Elvira Dias de Almeida
Elvira Lameiras
Emanuel de Jesus Ferreira Carreiro
Emília Maria Mendonça Soares
Esmeralda Raposo
Eva Almeida Lima
Evaristo Melo
Filipa D’Eça Leal Soares Vieira Ferreira de Pina
Francisco Luís do Rego Soares Raposo
Gabriela Mota Vieira
George Robert Hayes
Gilberto Melo Pacheco
Gonçalo de Portugal
Helena Alexandra Frazão Tavares
Helena Cabral
Helena Maria Carreiro
Helena Melo Medeiros, S. Miguel
Isabel Marques Ribeiro
Isabel Velho
Inês Barbosa
Joana Augusto Gil Morais Sarmento, Angra do Heroísmo
Joana de Jesus Lopes
Joana D’Eça Leal Soares Vieira da Costa Pereira
João Carlos da Silva Abrunhosa de Carvalho, Ponta Delgada
João Luís Coutinho
João Luis de Sousa Rebelo
João Manuel Hipólito Manes
João Silveira Sousa
Joaquim Alberto Pereira Bernardino
Joaquim Maria Reis Patuleia Pessoa de Moraes
Jorge Manuel Melo Amaral
José António Resendes
José de Andrade Melo – Professor -Santa Maria
José Manuel N. Azevedo
José Melo
José Moniz Pimentel
Jessica Ann Ferreira
Katerina L´dokova
Laura Paiva
Leonor Pereira Bernardino
Lúcia Maria Oliveira Ventura
Lúcia Travassos
Luís Alberto da Silva Bernardo
Luis Barbosa
Luís Filipe dos Santos Resendes
Luís Manuel Amorim Cordeiro
Luís Manuel Garcia
Luís Miguel Mendonça
Margarida Hilário
Maria Alexandra Janes Morais Cardoso Baptista
Maria Alice de Medeiros Barbosa
Maria do Carmo Barreto
Maria Conceição Salgadinho
Maria Gabriela Serra Medeiros Oliveira – Bióloga – Ponta Delgada
Maria Goretti Medeiros Sebastião
Maria Helena D’Eça Leal
Maria João Fernandes Lopes
Maria José Milheiro
Maria Luisa Rocha Moniz Borges de Sousa
Maria Manuela Carreiro Machado
Maria Natália Melo
Maria Zita Santos Raposo Correia
Maria Vieira Soares
Marina Sécio
Mário Jorge Furtado Arruda
Mario de Sousa Borges
Marta Elisa dos Santos Dutra
Miguel Franco Wallenstein Teixeira
Mónica Sofia Rodrigues da Cunha Azevedo
Nélia Maria Torres Melo
Nelson Correia
Olga Margarida Gomes Miranda Cordeiro
Patrícia Fraga Serra
Paula Cristina Vieira Tavares
Paula Curi Garnet Andrade Melo – Jurista – Santa Maria
Paulo A. V. Borges
Paulo Jorge Simas Correia
Paulo Mota Machado Bermonte
Pedro Leite Pacheco
Pedro Miguel Baptista Pacheco
Raquel Ramos
Rita Patuleia P. Bernardino
Rui Andrade Lopes
Sandra Câmara
Sara Margarida Correia Cabral
Selma Maria Rezendes Cordeiro
Sérgio Diogo Caetano
Silvia Borges
Sílvia Melo
Sizaltina Rego
Sónia Borges
Sonia Lisboa
Susana Pereira
Teófilo José Soares de Braga
Tiago Patuleia
Vanda Veloso
Vera Sousa
Vitor Correia
Vitor Hugo
Zulmira Almeida
(Última actualização – 2 de Outubro 12:00)